DOCENTES DÃO MAIS UMA OPORTUNIDADE AO GOVERNO CABRAL PARA IMPEDIR A RETOMADA DA GREVE NA UENF

Os docentes da UENF reunidos na tarde desta 4a. feira (10/11) estabeleceram a data limite de 22 de Novembro para que a SECT e a SEPLAG apresentem o índice de reposição de perdas que deverá corrigir os seus salários, que se encontram hoje com uma perda média de 90% em função da inflação acumulada desde 1999.
A disposição de retornar imediatamente à greve ficou patente em diversas manifestações feitas ao longo da assembléia, mas acabou prevalecendo a posição da diretoria da ADUENF de dar mais uma oportunidade ao governo Cabral para que este apresente uma solução para a grave crise salarial que hoje causa a evasão de professores. Dados geradas pela própria reitoria da UENF mostram que apenas nos últimos 3 anos, cerca de 20% dos docentes da instituição abandonaram a instituição atraídos pelos melhores salários pagos sendo pagos principalmente pelas universidades federais.
O que se espera é que até o dia 22 de Novembro o governo Cabral cumpra o compromisso assumido com os professores da UENF que levou à suspensão da greve iniciada em 18 de Agosto de 2010, e que foi interrompida após o recebimento de um compromisso escrito e assinado pelos secretários da SECT e da SEPLAG.
De toda forma, ao longo da próxima semana a diretoria da ADUENF estará preparando a comunidade universidade para a eventual retomada do processo de greve, e fazendo contatos com o governo estadual para garantir a imediata retomada das negociações.
Finalmente, o que se espera é que o governo Cabral apresente de forma imediata a sua proposta de reposição salarial, visto que isto é a única forma possível de se manter a normalidade institucional dentro da UENF. Assim, a eventual retomada da greve será de responsabilidade única e exclusiva do governo que prometeu resolver o problema salarial dos professores da UENF e até hoje nada fez para cumprir a palavra empenhada por escrito.

Postagens mais visitadas deste blog

ADUENF envio ofício ao reitor da UENF requisitando informações sobre condições para funcionamento

Funcionários da USP iniciam greve mesmo após reitoria ameaçar cortar salários