Em assembléia histórica, professores da UENF decidem entrar em greve por tempo indeterminado
Categoria exige 86,7% de reposição de perdas salariais e o pagamento de 65% para remuneração do regime de Dedicação Exclusiva
Numa assembleia que contou com a presença de mais de 120 professores foi aprovado por unanimidade o início de uma greve por tempo indeterminado na Universidade Estadual do Norte Fluminense a partir desta 5a. feira (13/03). A assembleia teve a manifestação do vereador Rafael Diniz (PPS) que trouxe a solidariedade da Câmara de Vereadores de Campos e da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa que é presidida pela deputado Comte Bittencourt, também do PPS.
Os docentes ratificaram a pauta de reivindicação que já foi encaminhada para o governo do Rio de Janeiro de 2013 que possui dois pontos básicos:
1. reposição de 86,7% das perdas salariais relativas ao período entre 1999 e 2013.
2. pagamento de 65% pelo regime de Dedicação Exclusiva.
A decisão unânime pela deflagração da greve decorreu de um grande inconformismo que existe entre os professores da UENF em função da forma que consideram desrespeitosa com que o governo Sérgio Cabral vem tratando as demandas da categoria.
A assembleia decidiu ainda adotar a cor laranja para simbolizar o movimento de greve em referência à luta dos garis da COMLURB que recentemente arrancaram uma importante vitória contra a prefeitura do Rio de Janeiro, também comandada pelo PMDB do governador Sérgio Cabral.
O Comando de Greve que foi formado ao final da assembleia dos professores se reunirá já na manhã desta 5a. feira para tomar decisões sobre o encaminhamento de greve.
Há que se frisar que o movimento dos professores passou os últimos três anos tentando negociar com o governo Cabral, sem que houvesse qualquer avanço nas negociações. Assim, o entendimento dos professores presentes na assembleia é que foi esse descaso com a UENF e seus servidores por parte de Sérgio Cabral que causou a deflagração de mais este movimento grevista.