Um Breve Informe da Recomposição Salarial

A recomposição salarial na UENF tem sido tratada por vários anos e até o momento apenas os servidores técnicos receberam 22% em 12 meses, isto significa dizer que durante o próximo ano este segmento do quadro permanente da UENF estará recebendo basicamente a reposição da inflação.

Um fato nesta história toda chama a atenção. A UENF possui um único Plano de Cargos e Vencimentos e não é possível associar as argumentações anteriores do Governo do Estado do Rio de Janeiro que se dizia ser totalmente inviável o aumento dos servidores estaduais, pois na última semana o Ilmo. Sr. Sérgio Cabral enviou mensagem a ALERJ atendendo ao pleito praticamente todas as categorias, inclusive com aumentos que chegavam ao valor pleiteado por nossa associação (A ADUENF solicita uma recomposição de 82%). Agora apenas os docentes da UENF e UERJ não foram considerados.

Para entenderem o que aconteceu, mostramos abaixo a lista dos nomes dos deputados que votaram contra e a favor da concessão dos 22% também para os professores da UENF e da UERJ. Notem que nesta votação, a concessão venceu por 26 a 21. O que aconteceu foi que após isto, o deputado Jorge Picciani fechou a sessão e o governador Sérgio Cabral mandou o secretário Regis Fischner da Casa Civil até a ALERJ para fechar questão contra a extensão dos 22%. Assim, ao contrário do que algumas mentes desinformadas falaciosamente levantam, os sindicatos da UENF e da UERJ foram até a ALERJ lutar para que pelo menos os 22% fossem dados aos professores, e quem interveio para fechar questão contra foi o governo Cabral!

Votaram Sim os deputados: Alessandro Molon, Altineu Cortes, Anabal, Armando José, Caetano Amado, Carlos Minc, Cidinha Campos, Comte Bittencourt, Doutor Wilson Cabral, Fernando Gusmão, Flávio Bolsonaro, Gilberto Palmares, Inês Pandeló, Iranildo Campos, João Pedro, José Nader, Luiz Paulo, Marcelo Freixo, Marco Figueiredo, Marcos Soares, Paulo Ramos, Rodrigo Dantas, Sabino, Wagner Montes, Waldeth Brasiel, Walney Rocha.

Votaram Não os Deputados: Alessandro Calazans, André Corrêa, André Lazaroni, Aparecida Gama, Audir Santana, Christino Áureo, Coronel Jairo, Domingos Brazão, Edson Albertassi, Graça Matos, Graça Pereira, Jodenir Soares, Jorge Babu, Jorge Picciani, Marcelino D'Almeida, Nelson Gonçalves, Olney Botelho, Paulo Melo, Roberto Dinamite, Sula do Carmo, Tucalo.

Terminada esta primeira a votação onde todos os servidores sairiam contemplados com os 22%, o Presidente da ALERJ, o Ilmo. Sr. Deputado Jorge Picciani, reuniu o Colegiado de Lideranças Partidárias e com um golpe frontal derrubou a votação e manteve o encaminhamento feito pelo Ilmo. Sr. Governador do Estado do Rio de Janeiro, revertendo a votação anterior, e, portanto, não concedeu aumento aos docentes. Lamentamos a forma pouco democrática como este assunto foi tratado, pois a 10 anos não temos qualquer tipo de correção salarial e não temos data de dissídio anual. Esta atitude expôs, mais uma vez, ao corpo docente da UENF e UERJ como este governo pensa a educação no estado e como estão desestruturando os quadros docentes destas instituições.

Onde estão os responsáveis sobre a educação superior no Estado do Rio de Janeiro? No momento em que tudo isto acontecia na ALERJ, o Secretário de Ciência e Tecnologia, e os reitores da UENF e UERJ não estavam presentes e não havia qualquer representante das administrações (UENF e UERJ) para defender e demonstrar o interesse institucional sobre o seu corpo docente. As associações sindicais estavam presentes, conseguiram apoio de algumas lideranças, mas como foi dito acima, o governo derrubou com um golpe duvidoso do Presidente da ALERJ.

Finalizando, no caso da UENF achamos no mínimo curioso que o Reitor seja tão disponível para compor ações do Governo do Estado do Rio de Janeiro e muito pouco disponível para representar os interesses dos servidores da UENF. Este mesmo Reitor até a presente data não se pronunciou sobre este ato do Governo e a comunidade sempre espera um posicionamento, pois em questões menores tem sido muito ágil.

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