Servidores da Uenf seguem na luta por direitos da categoria

Professores e funcionários da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), em greve desde agosto do ano passado, seguem mobilizados neste início de janeiro. A paralisação foi iniciada em 18/8 e suspensa 39 dias depois, com base em um compromisso assinado pelo Secretário de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro, Sérgio Ruy, e pelo então Secretário de Ciência e Tecnologia, Luiz Edmundo Horta, de que haveria uma efetiva negociação logo após o período eleitoral. O não cumprimento do compromisso, porém, levou os professores da Uenf a retornarem ao processo de paralisação no início de dezembro.

Nesta semana, o Comando de Greve da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf) enviou ofício ao novo secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, deputado Alexandre Cardoso, solicitando agendamento emergencial de audiência para a retomada das negociações. A secretaria indicou, então, o superintendente Prof. João Regazzi Gerk para negociar com os trabalhadores, mas sinalizou que ele não retomaria imediatamente as negociações porque “está de férias”. “Estamos num compasso de espera no aguardo da volta do Prof. Regazzi, mas convenhamos que é um tanto frustrante notar que, aparentemente, não há um sentido de urgência dentro do governo Cabral para resolver a crise que assola a Uenf neste momento”, avalia Marcos Pedlowski, presidente da Aduenf.

O conjunto de reivindicações dos trabalhadores da Uenf engloba a reposição de perdas salariais em torno de 82%. No entanto, em assembleia realizada em novembro passado, os associados da Aduenf aprovaram uma demanda de 22% de reposição no valor do salário básico combinado com a concessão de uma bolsa temporária de 55%, como forma de remuneração emergencial do regime de Dedicação Exclusiva - que é cumprido por todos os professores da Uenf. “É com base nesta pauta que estamos encaminhando as negociações com o governo Cabral”, afirma Pedlowski.

Na avaliação do docente, o governo do Rio de Janeiro tem se mostrado pouco disposto a oferecer uma resolução concreta para o problema salarial dos servidores. “Mas de uma coisa estou certo: os docentes não estão dispostos a sair de greve de mãos abanando. Afinal de contas, são mais de dez anos sem nenhum tipo de reposição real nas perdas salariais que temos acumulado em diferentes administrações. Diante disto, esperamos que o governo Cabral ofereça respostas concretas em vez de ficar procastinando o oferecimento de respostas a um problema que o próprio governo reconhece ser grave”, assegura.

Segundo o comando de greve da Aduenf, a restrição orçamentária da Universidade é alarmante: o orçamento da instituição se manteve na faixa dos R$ 100 milhões durante os quatro anos de governo Sergio Cabral, enquanto a inflação foi de aproximadamente 25% no quadriênio.

Nesta quarta-feira (5/1), a direção do ANDES-SN enviou carta ao secretário Alexandre Cardoso, reiterando o pedido de reestabelecimento das negociações com os servidores.

Fonte:http://portal.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=25

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