ASSEMBLÉIA DE PROFESSORES REFERENDA DOCUMENTO DA DIRETORIA ADUENF SOBRE A SITUAÇÃO DA GREVE NA UERJ


Um documento elaborado pela diretoria da ADUENF em relação à perseguição desenvolvida pela reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro foi referendada por uma assembléia geral dos professores da Universidade Estadual do Norte Fluminense na tarde desta 4a. feira (18/07).

A mensagem, além de expressar um claro repúdio às ações do reitor Ricardo Vieiralves, representa um claro chamado à unidade e à solidariedade para com os servidores, professores e estudantes da UERJ.

Leia o documento abaixo.




MANIFESTO DE SOLIDARIEDADE DA ADUENF AOS SINDICATOS DA UERJ: PELO FIM IMEDIATO DA REPRESSÃO E PELO AMPLO DIREITO DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E ORGANIZAÇÃO SINDICAL!


Segundas versões nunca são boas, principalmente porque se perde o misticismo do novo, a dúvida pelo que irá acontecer. Conhecer a história, e principalmente o resultado final, deixa uma sensação de desprazer ao se observar pela segunda vez a representação da mesma estória. 

No âmbito político é pior ainda, pois quando um determinado dirigente consegue se manter no poder se sente tomado por um sentimento prazeroso que, em muitos casos, o leva a pensar e a se vender como o salvador da pátria; o super-homem; o visionário, enfim como o Deus que controla de forma onipresente e onisciente a situação. O problema sempre vem com o passar dos dias, quando os incrédulos votantes chegam à conclusão de que aquele suposto líder está fora da realidade. Isto fica mais evidente quando este dirigente começa a operar a partir apenas, e exclusivamente, com base num plano pessoal e, não mais a administrar para a população pela qual foi eleito, deixando em evidência a incompatibilidade entre o seu projeto privado e as necessidades coletivas.

Os mais inteligentes inclusive alguns que duraram até 50 anos no poder, enfeitam o projeto pessoal com certa democracia, colocando-se como defensores dos mais fracos, como representantes daqueles que supostamente são os menos favorecidos e fazem uso de um grupo para defender o seu projeto.  Já os menos favorecidos intelectualmente utilizam simplesmente a Teoria do Absolutismo, a qual "defende que alguém (em geral, um monarca/ditador) deve ter poder absoluto, isto é, independente de outro órgão. Como podemos lembrar, o Absolutismo defende a existência de uma forma de organização política na qual o soberano concentrava todos os poderes do Estado em suas mãos.

Tudo isto seria interessante, e até curioso, se não estivéssemos falando de uma universidade, onde o seu próprio nome indica que a mesma é formada por um conjunto de múltiplos universos, de pessoas que, por meio do debate, chegam a acordos, onde todos devem ser igualmente respeitados, e onde ninguém tem a prerrogativa de governar pela força. A verdade é que o efeito de ataques feitos contra a liberdade de expressão dentro uma universidade só pode ser comparado ao ataque realizado pelo vírus da AIDS ao sistema imunológico de um ser humano, quando o organismo fica tão fraco que pode morrer por ataques de doenças que normalmente não seriam letais. 

Esse é o principal motivo pelo qual não podemos assistir tranqüilos ou impassíveis aos desmandos sendo cometidos neste momento pelo reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Afinal, o uso arbitrário de um poder que lhe foi delegado pela comunidade universitária, inclusive com uso de diversas ações judiciais, para atacar e criminalizar as organizações democraticamente constituídas, as quais possuem diretorias democraticamente eleitas, num ambiente em que se deveria privilegiar o amplo e franco debate democrático, se constitui em uma tentativa grotesca de instauração do absolutismo. 

Por esse motivo é que diretoria da ADUENF vem a público para denunciar o ataque inescrupuloso ao qual estão sendo submetidos a ASDUERJ, o SINTUPERJ e o DCE da nossa querida co-irmã, a UERJ, bem como os dirigentes de todas estas organizações.  Além disso, a ADUENF exige que sejam retiradas imediatamente todas as ações judiciais impetradas pela reitoria da UERJ que têm como única intenção cercear o direito de protestar contra a política ditatorial que esta sendo implantada na UERJ e de lutar pela correta remuneração do trabalho realizado por servidores docentes e não-docentes. 

Finalmente gostaríamos de enfatizar aos nossos colegas servidores da UERJ que a ADUENF está do seu lado na justa luta que desenvolvem em prol da construção de uma universidade pública, gratuita DEMOCRATICA e de qualidade. 
 
Como em outras oportunidades, não aceitaremos que tripudiem sobre a democracia! 


Diretoria da ADUENF

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