Servidores da Uerj protestam perto da casa de Cabral, cercada por PMs
‘Até parece que somos tão perigosos assim’, discursou professor.
Manifestantes reivindicam reajuste salarial e planos de carreira.

Ao todo, 18 homens do Batalhão de Choque da PM acompanhavam os cerca de 50 manifestantes
Quando chegamos à praia, fomos surpreendidos por um efetivo de policiais bastante grande para uma manifestação de professores, estudantes e funcionários de uma universidade. A gente não se acha tão perigoso assim”, criticou Mota. “Os policiais impediram que a gente chegasse até a entrada do prédio onde o governador mora, na Rua Aristides Espínola, para fazer um ato. Mas, na orla da praia, tenho certeza de que estamos em um espaço público, e não há nenhuma necessidade de nos tirar daqui”, complementou o professor.

O professor Guilherme Mota (à esquerda) negocia com o responsável pelos homens do Batalhão de Choque
Além disso, seis seguranças à paisana estavam próximos à entrada do edifício onde mora o governador.
‘Pedimos aos céus para que Cabral negocie’

Na Entrada do prédio do governador, PMs, um carro da Tropa de Choque e seguranças à paisana (ao fundo)
No asfalto, manifestantes seguravam uma enorme faixa onde se lia: “Estamos em greve”. Professores e funcionários técnico-administrativos se alternavam em discursos ao microfone, pedindo que o governador esteja aberto às negociações. De acordo com Guilherme Mota, mais de 60% dos professores e funcionários aderiram à greve. “As atividades essenciais, como as do Hospital Universitário Pedro Ernesto, continuam funcionando”, ressaltou ele.
Mota afirmou ainda que o hospital está sucateado, ainda mais após o incêndio do começo de julho. “Tem locais no hospital que estão funcionando sem energia elétrica, e sem circuito de oxigênio. As condições não são favoráveis, mas o hospital continua funcionando da melhor forma possível”, destacou.
Os grevistas também reivindicam reformas nos planos de carreira dos técnicos, reclamam que estão sem reajuste real desde 2001 e pedem reajustes nas bolsas estudantis e ampliação do bandejão do campus Maracanã.

Na Orla do Leblon, professores, funcionários e alunos da Uerj protestavam pacificamente