Lindbergh Farias se encontra com grevistas da UENF e da FENORTE e se compromete a buscar mais apoio para o movimento
O senador Lindbergh Farias (PT) esteve no campus Leonel Brizola na sexta-feira (09/05) para um encontro político com grevistas da UENF e da FENORTE. Segundo ele a presença dele se deveu à necessidade de apoiar politicamente a greve que hoje paralisa as atividades nas duas instituições. Nesse sentido, Lindbergh se comprometeu a buscar mais apoio político para o movimento, tanto em contatos com parlamentares e com órgãos de imprensa.
Para Lindbergh Farias a atual greve é causada por uma falta de compreensão do atual governo do Rio de Janeiro em relação às prioridades estratégicas. Nesse sentido, o senador do PT afirmou que do ponto de vista financeiro as demandas das comunidades da UENF e da FENORTE são de fácil solução. A situação segundo ele é ainda mais problemática quando se vê os gastos feitos para a Copa do Mundo, onde apenas na reforma do Maracanã foram gastos mais de 1 bilhão de reais.
Lindbergh Farias também sinalizou para a importância de uma modelo de gestão financeira em que as universidades tenham mais autonomia para definir o seu papel no processo de desenvolvimento científico e tecnológico. Para reforçar essa opinião, Lindbergh citou o caso das universidades estaduais de São Paulo que, segundo ele, hoje se encontram entre as melhores do Brasil, onde a autonomia financeira teria tido um papel importante nesse cenário de alta qualidade.
Lindbergh finalizou a sua fala abordando a importância das propostas educacionais e pedagógicas idealizadas pelo criador da UENF, o Professor Darcy Ribeiro. Segundo o senador petista, as contribuições de Darcy Ribeiro foram desvirtuadas ao longo do tempo e de diferentes governos estaduais, e que seria fundamental se retomar esse projet para garantir um futuro melhor para a ciência e tecnologia do Rio de Janeiro.
A presença de Lindbergh Farias num momento crucial da greve foi vista como muito importante pelos presentes, e que saíram ainda mais animados para a continuidade da greve iniciada pelos professores em 12 de março.