Após reunião na SEPLAG, solução para a greve dos professores da UENF fica na mão de Pezão



Em reunião de curta duração, o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy Pereira, ratificou a posição já expressa também informalmente por outros representantes do governo do Rio de Janeiro de que a proposta para a solução da greve dos professores da UENF é de oferecer 35% de reposição em duas parcelas. Esse percentual seria acrescido no salário inicial dos professores como forma de possibilitar uma isonomia com os salários pagos na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).  Sérgio Ruy afirmou ainda que se houver a imediata suspensão da greve um projeto de lei será enviado para a apreciação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro no mês de Maio.

Em sua resposta, o presidente da ADUENF, Luís Passoni, adiantou que esse percentual não atende às demandas da categoria, e que as experiências anteriores de saída de greve para possibilitar a negociação tornam difícil que o mesmo ocorra na atual greve.  O Prof. Passoni também aproveitou  para entregar ao secretário Sérgio Ruy uma cópia do documento já entregue a todos os deputados da ALERJ, onde consta a pauta de reivindicação dos professores da UENF, a qual inclui as demandas de 86,7% de reposição de perdas e 65% para remuneração do regime de Dedicação Exclusiva.

Um momento no mínimo curioso da reunião  ocorreu quando o futuro secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Sr. Alexandre Vieira, que é o atual subsecretário de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, sugeriu que os professores saíssem de greve por 30 dias, e que após este prazo retornassem à greve caso o governo não tivesse feito o envio do projeto de lei à ALERJ.

Finalmente, como o próprio secretário Sérgio Ruy adiantou que esta não foi uma rodada de negociações, mas uma reunião de comunicação de posições, o Prof. Luís Passoni informou que entende que agora que tanto o representante do governo estadual como o Comando de Greve da ADUENF apresentaram suas propostas para solucionar a crise salarial que hoje assola a UENF, o processo de negociação deverá ganhar mais dinamismo após a posse do Sr. Luiz Fernando Pezão como governador do Rio de Janeiro, fato que ocorrerá nesta 6a. feira (04/04).


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