Jornal do Brasil publica matéria sobre greve na UENF

Uenf: professores em greve vão se reunir com Comissão de Educação da Alerj


Os professores da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), em Campos, decidiram manter a greve que já dura 18 dias. Nesta quarta-feira (2/4) os grevistas vão se reunir com a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O movimento teve a adesão de mais de 150 servidores da instituição, que revindicam a reposição de 86,7% das perdas salariais referentes ao período entre os anos de 1999 e 2013, além do pagamento de 65% pelo regime de Dedicação Exclusiva (DE). 

A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia propôs na semana passada um reajuste de 35% para os professores, que seria pago em duas parcelas, a primeira ainda este ano e outra em 2015, mas a oferta foi rejeitada pelos grevistas. Servidores Fenorte também aderiram à greve, revindicando reposição salarial de 63,3%, pelas perdas inflacionárias dos últimos oito anos, reajuste dos auxílios creche e alimentação.

De acordo com o presidente da Associação de Docentes da Uenf (Aduenf), Luis Passoni, as revindicações dos servidores são as mesmas há mais de três anos, mas o governo do Estado não se posicionou até o momento. Passoni disse que a proposta de 35% do governo para a categoria foi apresentada apenas verbalmente, mas fica muito aquém do solicitado pelos docentes. "Para os professores da Uerj o governo destinou 65% referentes à Dedicação Exclusiva, enquanto que os profissionais da Uenf não recebem nenhum benefício. Então, tomamos como base o que já é pago para a outra universidade estadual", explicou Passoni.

A abertura do Restaurante Universitário, mais conhecido como bandejão, é outro ponto da reivindicação. Segundo Passoni, as obras de construção do restaurante começaram em 2008 e recebeu um investimento de cerca de R$ 10 milhões. Com a falência da empreiteira responsável em 2011, as obras seguiram a passos lentos, tiveram várias interrupções e só foram concluídas em 2013. No entanto, o mobiliário e os artefatos de cozinha não foram incluídos nesse orçamento. O governo do Estado liberou recentemente mais R$ 700 mil para equipar e decorar o restaurante. "O governo apenas anunciou a liberação dessa verba, mas ainda teremos o período para licitação e todo o trâmite burocrático. Ou seja, não há previsão de abertura", ressaltou Passoni.

O presidente da Aduenf lembrou ainda que a alimentação que será servida no restaurante é outra questão ainda indefinida. Ele contou que a reitoria da Uenf pode entregar esse serviço à iniciativa privada, mas nenhum comunicado foi emitido. Charge de Diogo Almeida publicada no jornal da Aduenf no ano passado, que remete ao abandono da universidade



Com cerca de 5 mil estudantes, a Uenf alcançou a 12ª colocação no Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação, que serve para avaliar universidades nacionais. Assim, foi considerada uma das melhores universidades do país. No ano passado, servidores da Uenf denunciaram um suposto esquema de usos indevidos de verbas públicas por funcionários da instituição e reclamaram do sucateamento da universidade, destacando a construção do bandejão e os baixos salários.

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